O seu fascínio pela bola nasce a partir de seu grande e eterno ídolo, o atleta com mais títulos a nível mundial, o Vítor Baía. O trajecto de Vítor Baia começa em 1989 e só 3 anos mais tarde, em 1992 é que decide entrar no mundo do futebol como guarda-redes, muito por via das performances do seu ídolo. Fez a formação na AD Grijó onde entrou com 7 tenros anos e se manteve até aos 22 e ao longo destes 15 anos teve como condutores e treinadores, nomes como: Joaquim Mendes e Professor Tozé, António Pinto, Paco, José Leites. A sua inscrição como atleta teve o cunho do já falecido Toninho Amazonas, que se disponibilizou de imediato para se deslocar a Lisboa para tirar o Bilhete de Identidade para proceder a sua inscrição na AF Porto. Nesta deslocação a Lisboa, com o intuito de trazer o BI no mesmo dia, aproveitou-se para visitar o Zoo de Lisboa na companhia dos irmãos Pedro Costa e Ricardo Costa. E assim começou o seu percurso…
No primeiro ano como escolinha (1992) foi um ano de aprendizagem, e de observar um mundo até então desconhecido, porque uma coisa é jogar futebol de rua e outra jogar em prol de objectivos, defrontar equipas bem estruturadas e segundo regras. Com estatura ainda muito baixa em nada fazendo prever a sua continuidade como guarda-redes, sendo uma incógnita. Mas o segundo ano de escolinhas começa a ser trabalhado com regras e espaços, com as verdadeiras noções do futebol, aí notam-se pormenores que se começam a acalentar um futuro na baliza, mas a força física ainda não está lá.
O primeiro ano de Infantis (1994) o bichinho da bola começa a apoderar-se do atleta e em casa já não se fala doutra coisa senão de futebol, os porquês entram sempre em conversa num dialogo entre pai e filho. O verdadeiro mentor de toda a sua carreira é sem dúvida o seu o seu Pai, Ferreira da Silva, antiga glória da AD Grijó. A vontade de sua mãe em que fosse guarda-redes não era a mais favorável, devido ao grande trabalho que lhe tinha em casa para lavar a sua roupa, carregada de lama (não foram poucas as maquinas avariadas), mas neste momento o perfil já estava traçado era para ser guarda-redes na AD Grijó ou em qualquer lado. Nesta altura nasce uma nova geração de jogadores como: Ricardo Costa (Verdeguinha) Amílcar, Bruno António, Xavier, André Filipe, Igor, Artur Alvarez, Luizito (Luis Almeida) China, João Tiago, Kanu, entre outros que fizeram parte desse inigualável grupo de trabalho. Juntos ganharam a Taça Teles Roxo, numa final com o Paços de Ferreira, no campo do Àguas Santas. No final do jogo alguém ligado ao Vitória de Guimarães, abordaram-no, mostrando interesse no seu concurso, a euforia reinava neste dia, era dia de festa, dia em que os miúdos expressavam intensamente toda a sua alegria. Tal proposta não se veria a concretizar.
Os próximos 2 anos ao serviço da AD Grijó foram de extrema importância desportiva, para qualquer jogador, 2 anos no Campeonato Nacional de Iniciados defrontando grandes nomes do Futebol nacional e enfrentando os “tubarões” do Futebol Nacional, Zona Norte. Eis que decorrido o ano de 1998, é convocado para representar a Selecção de Gaia e consagrado o Guarda-redes menos batidos do Torneio Miranda de Carvalho. O futebol ao mais alto nível para aquela idade transfigurou-se numa aprendizagem para toda a sua carreira desportiva, é diante dos melhores que se evolui, se aprende e se cresce como jogador.
Como Juvenil encontrou um Treinador muito evoluído para aquela data, Mister Paco, que trouxe consigo novos métodos e novos conceitos. Aqui começa a sentir que o futebol cresce dentro de si, que apesar do seu amador é em ser sempre profissional naquilo que faz, como aborda os treinos e o desfrutar dos jogos, que o bichinho não morrerá tão cedo… Posteriormente, no 2º ano de Juvenil, com o condutor de homens, Mister Leites, o seu corpo começa a desenvolver-se em prol da posição que ocupa e com a ajuda de uma “família” dentro de campo começam a traduzir os jogos em vitórias consecutivas, demonstrando a massa associativa e simpatizantes que ali estão jogadores que poderão ser alguém. Este último ano de Juvenil transfigura-se e marca uma geração que veria a dar frutos nos próximos 2 anos.
Chegado a Júnior, a tarefa árdua de vestir uma camisola, em que já existiam homens de barba rija, de estampa física impressionante, avizanha-se como uma época impressionante, apesar de não conseguir a tão desejada subida de divisão, atingiu numero pessoais dignos de registo, 7 penalties contra, 5 defendidos). Desde Dezembro a equipa de Juniores apenas dispunha de 1 guarda-redes, Xavi Ferreira, que contava com o apoio de todos para conduzir a equipa a Porto Seguro, “guardo amizades desta altura para toda a vida.” O 2º ano de Junior é culminar de toda uma formação digna, a ambicionada Subida de Divisão fora alcançada. Uma equipa de Juniores comandada pelo Mister Mendes, capitaneada pelo João Alves. “Permitam-me mencionar nomes que fazem parte desta subida de Divisão, Bombeiro, Xavi, Germano, Luizito, Joao, Orlando, Artur, Igor, Ricardo Ciente, China, Manel Choco, Mister Mendes, Kanu, Rochinha, Tó, Ivo Duarte, Peito, Daniel, Armando, e muitos outros, peço desculpa se não mencionei todos. Época de Sonho, que ainda hoje recordo com nostalgia os momentos de uma verdadeira família, verdadeiros amigos, dentro e fora do campo.”
Sobe aos Seniores pela mão do Mister Fernando Pereira e seu adjunto Adão, apenas representa AD Grijó até Dezembro, pois muda-se para um clube vizinho o CF Perosinho, através do Sr. Adriano, no final da época desportiva regressa a sua Terra Natal, AD Grijó, onde perdura lá os próximos 3 anos, Atingindo uma subida a Divisão de Honra da AF Porto. " esta é a minha primeira grande conquista como sénior, juntos das gentes que me virão nascer para o futebol". No final do 3º ano o seu ciclo em Grijó termina e parte em busca de novos desafios, de novas mentalidades, de novas gentes. Aterra em Serzedo, que logo na primeira semana de treinos tem a sua primeira lesão, 9 semanas parado, depois de consquistar o lugar não mais saiu até ao final do campeonato. No ano seguinte transfere-se para o rival CF Perosinho, um regresso, numa época sofrível que apesar de uma boa prestação pessoal de nada valeria, pois consumava-se a descida de Divisão, “trocava as exibições pelos resultados, e pela manutenção, acima de tudo creio que dignificamos a camisola que vestimos”. No ano de 2009/2010 transfere-se para o SC Arcozelo, onde encontrou um dos melhores grupos com que já trabalhou, que apesar de diversas dificuldades, conduziram o clube com dignidade e honra, “O Futebol traz-nos grandes amizades, muitas das vezes temos que ser amigos é dentro de campo, e neste grupo éramos e somos, dentro e fora do campo.”
Neste ano de 2010/2011representa os Dragões Sandinenses.
Em seniores teve como treinadores Fernando Pereira e Adão, José M. Cunha e Òscar Nogueira, Toni, Paulo Jorge, Sérgio Neutél, Campos, Néca Espanhol, Alfredo, Teixeirinha, Manuel Gonçalves, Allain e Paulo Silva e Frederico Silva, Miguel, Zé Gato, Ricardo Jorge, Madureira e Nuno. Representou 4 Clubes de Gaia, AD Grijó, CF Serzedo, CF Perosinho, SC Arcozelo e representa actualmente o Dragões Sandinenses.
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